Música Portuguesa: Reviva Os Anos 70, 80 E 90!

by Jhon Lennon 47 views

Hey pessoal! Vamos embarcar numa viagem no tempo e redescobrir a música portuguesa que marcou os anos 70, 80 e 90. Preparem-se para uma dose de nostalgia e para (re)encontrar artistas e canções que embalaram gerações. A música portuguesa dessas décadas é um tesouro cultural que merece ser revisitado e celebrado. Vamos juntos nessa?

A Década de 70: A Revolução e a Canção de Protesto

Os anos 70 em Portugal foram um período de grandes transformações sociais e políticas, marcados pela Revolução dos Cravos em 1974. A música portuguesa refletiu esse clima de mudança, com canções de protesto e intervenção que se tornaram hinos de uma geração. Artistas como José Afonso e Sérgio Godinho usaram a sua música para expressar a insatisfação com o regime ditatorial e para celebrar a liberdade recém-conquistada. As suas letras eram carregadas de significado e as suas melodias simples, mas profundamente emotivas, tocavam o coração do povo português. As canções de Zeca Afonso, como era carinhosamente conhecido, tornaram-se símbolos da resistência e da esperança num futuro melhor. Quem não se lembra de "Grândola, Vila Morena", a canção que serviu de senha para o início da Revolução? E as letras poéticas e contestatárias de Sérgio Godinho, que nos faziam refletir sobre a sociedade e o nosso papel nela? A música portuguesa dos anos 70 foi muito mais do que simples canções; foi um grito de liberdade, um manifesto pela justiça social e uma celebração da identidade portuguesa. Além de José Afonso e Sérgio Godinho, outros artistas como Luís Cília, Fausto Bordalo Dias e José Mário Branco também se destacaram na música de intervenção, cada um com o seu estilo próprio, mas todos unidos pelo desejo de construir um Portugal mais justo e igualitário. As suas canções ecoam ainda hoje, lembrando-nos da importância de lutar pelos nossos ideais e de defender a liberdade e a democracia. A música portuguesa dos anos 70 é, sem dúvida, um legado valioso que devemos preservar e transmitir às futuras gerações. Para além da música de intervenção, os anos 70 também foram marcados pelo surgimento de novos estilos e tendências, como o rock progressivo e a música folk. Bandas como os Jáfumega e os Tantra trouxeram novas sonoridades para a música portuguesa, explorando a experimentação e a fusão de diferentes influências. A música folk, com as suas raízes na tradição popular, também ganhou destaque, com artistas como Maria Teresa de Noronha e José Barata-Moura a preservar e divulgar o património musical português. Os anos 70 foram, portanto, um período de grande efervescência cultural e musical em Portugal, com uma diversidade de estilos e artistas que contribuíram para enriquecer o panorama musical português. A música portuguesa dos anos 70 é um reflexo da sociedade em transformação e um testemunho da luta pela liberdade e pela democracia. É um período que merece ser recordado e celebrado, pois marcou profundamente a identidade cultural portuguesa.

A Década de 80: O Boom do Pop e do Rock

Os anos 80 trouxeram uma nova energia para a música portuguesa, com o surgimento de bandas de pop e rock que conquistaram o público e dominaram as rádios. Foi a década do boom do pop rock português, com artistas como os Heróis do Mar, os Xutos & Pontapés, os Sétima Legião e os GNR a liderarem as paradas de sucesso. As suas canções eram contagiantes, com letras simples e melodias orelhudas que ficavam na cabeça e faziam toda a gente cantar e dançar. Os Heróis do Mar, com o seu visual inovador e as suas letras enigmáticas, foram uma das bandas mais marcantes da década, com canções como "Amor" e "E Depois do Adeus" a tornarem-se hinos da geração. Os Xutos & Pontapés, com a sua energia rock e as suas letras irreverentes, conquistaram o público com canções como "À Minha Maneira" e "Contentores", que retratavam o quotidiano da juventude portuguesa. Os Sétima Legião, com a sua sonoridade folk rock e as suas letras inspiradas na história e na cultura portuguesa, trouxeram uma nova profundidade à música portuguesa, com canções como "Sete Mares" e "Os Lusíadas" a tornarem-se clássicos. E os GNR, com o seu estilo pop rock sofisticado e as suas letras inteligentes, conquistaram o público com canções como "Dá-me Um Urrô" e "Portugal na CEE", que refletiam a modernização e a abertura de Portugal ao mundo. Para além destas bandas, outros artistas como Rui Veloso, Paulo Gonzo e Jorge Palma também se destacaram na música portuguesa dos anos 80, cada um com o seu estilo próprio, mas todos contribuindo para o enriquecimento do panorama musical português. Rui Veloso, com o seu blues rock e as suas letras intimistas, tornou-se um dos maiores nomes da música portuguesa, com canções como "Chico Fininho" e "Porto Sentido" a tornarem-se clássicos. Paulo Gonzo, com o seu pop romântico e a sua voz suave, conquistou o público com canções como "Jardins Proibidos" e "Só Nós Dois", que embalaram muitos romances. E Jorge Palma, com o seu rock urbano e as suas letras poéticas, tornou-se um dos maiores letristas da música portuguesa, com canções como "Frágil" e "Deixa-me Rir" a tornarem-se hinos de uma geração. Os anos 80 foram, portanto, um período de grande vitalidade e criatividade na música portuguesa, com o surgimento de novos talentos e o desenvolvimento de novos estilos e tendências. Foi uma década que marcou profundamente a identidade musical portuguesa e que continua a inspirar artistas e a encantar o público.

A Década de 90: A Diversificação e a Afirmação da Identidade

Os anos 90 trouxeram uma maior diversificação para a música portuguesa, com o surgimento de novos estilos e tendências, como o hip hop, o dance e a música eletrónica. Foi uma década de experimentação e de fusão de diferentes influências, com artistas a explorarem novas sonoridades e a desafiarem as convenções. O hip hop português ganhou destaque, com artistas como os Da Weasel, os Mind Da Gap e os Boss AC a conquistarem o público com as suas letras conscientes e as suas batidas contagiantes. Os Da Weasel, com a sua mistura de hip hop, rock e funk, tornaram-se uma das bandas mais populares da década, com canções como "Dúia" e "Tás a Ver" a tornarem-se hinos da juventude portuguesa. Os Mind Da Gap, com as suas letras poéticas e as suas batidas sofisticadas, trouxeram uma nova profundidade ao hip hop português, com canções como "É Só Relax" e "Matemática" a tornarem-se clássicos. E o Boss AC, com as suas letras positivas e as suas melodias orelhudas, conquistou o público com canções como "Baza" e "Anda Cá", que promoviam a união e a igualdade. Para além do hip hop, a música dance e a música eletrónica também ganharam destaque nos anos 90, com artistas como os Underground Sound of Lisbon, os Batucada e os Digital Underground a levarem a música portuguesa para as pistas de dança de todo o mundo. Os Underground Sound of Lisbon, com o seu som eletrónico inovador e as suas influências africanas, tornaram-se um dos maiores nomes da música eletrónica portuguesa, com canções como "So Get Up" e "Chapter 6" a tornarem-se sucessos internacionais. Os Batucada, com as suas batidas tribais e as suas melodias contagiantes, trouxeram uma nova energia para a música dance portuguesa, com canções como "Africanismos" e "Tribal Dance" a tornarem-se hinos das pistas de dança. E os Digital Underground, com a sua mistura de funk, hip hop e eletrónica, conquistaram o público com canções como "The Humpty Dance" e "Kiss You Back", que promoviam a diversão e a liberdade. A música portuguesa dos anos 90 foi também marcada pela afirmação da identidade cultural portuguesa, com artistas a explorarem as suas raízes e a incorporarem elementos da música tradicional portuguesa nas suas canções. Artistas como Dulce Pontes, Madredeus e Cristina Branco trouxeram a música portuguesa para o mundo, com as suas vozes emocionantes e as suas interpretações apaixonadas. Dulce Pontes, com a sua voz poderosa e a sua interpretação dramática, tornou-se uma das maiores embaixadoras da música portuguesa, com canções como "Canção do Mar" e "Lágrima" a emocionarem o público de todo o mundo. Os Madredeus, com a sua sonoridade melancólica e as suas letras poéticas, trouxeram uma nova profundidade à música portuguesa, com canções como "O Pastor" e "Haja o Que Houver" a tornarem-se clássicos. E Cristina Branco, com a sua voz doce e a sua interpretação intimista, conquistou o público com canções como "Alfama" e "Fado Português", que retratavam a alma portuguesa. Os anos 90 foram, portanto, um período de grande diversidade e criatividade na música portuguesa, com o surgimento de novos estilos e tendências e a afirmação da identidade cultural portuguesa. Foi uma década que marcou profundamente a história da música portuguesa e que continua a inspirar artistas e a encantar o público.

E aí, pessoal? Gostaram desta viagem pela música portuguesa dos anos 70, 80 e 90? Espero que sim! Deixem nos comentários quais são os vossos artistas e canções preferidos dessas décadas. Até à próxima!